Jimi Hendrix In Concert é uma compilação ao vivo do Jimi Hendrix, reunindo músicas realizadas tanto na fase do Jimi Hendrix Experience como na fase da Band of Gypsys. O ao vivo totalmente pirata e desconhecido saiu somente no Brasil, numa série de discos ao vivo de outros artistas, como Ray Charles e Chuck Berry.O ao vivo tem 7 músicas ao todo, com 4 no lado A e 3 no lado B, na maioria covers executados pela banda de Jimi Hendrix, que não é citada no disco. Supõe-se que, em quase todas as faixas, o baterista seja Mitch Mitchell, que tocou no Jimi Hendrix Experience. Começando o lado A, tem a clássica e poderosa Johnny B. Goode, de Chuck Berry, numa versão explosiva da banda. Seguindo com Hey Joe, grande clássico que ficou mais conhecido por ser tocada pelo Jimi Hendrix do que pelo original autor, Billy Roberts. Purple Haze, de autoria de Jimi Hendrix, é um clássico absoluto, sendo uma das melhores do disco. Like A Rolling Stone de Bob Dylan fecha o lado A com maestria, mostrando improvisação e técnica nessa música bastante conhecida e tocada por diversos artistas.
No lado B as músicas são desconhecidas, mas não menos eletrizantes, começando por Rock Me, Baby, do grande bluesman B.B. King, seguida por Wild Thing de Chip Taylor, que ficou mais conhecida por ter sido tocada pela banda The Troggs, em 1966. Wild Thing é considerada uma das 500 melhores músicas de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fechando o disco, está a Machine Gun I, uma música da Band of Gypsys, que é uma crítica à Guerra do Vietnã, em decorrência na época que foi escrita.
O festival na Ilha de Wight foi um evento realizado em 1970, que levou muitas bandas importantes da época, como Jimi Hendrix, Supertramp, Cactus, Ten Years After, ELP, The Who, Jethro Tull, Free, além do brasileiro Gilberto Gil. Uma das bandas que fez um dos melhores shows do evento foi o aclamado The Doors. O The Doors subiu ao palco em 29 de agosto de 1970, no penúltimo dia do evento.O som do The Doors mesclava o blues com flamenco e jazz, resultando no som experimental e lisérgico que transmitia poder em suas músicas. Jim Morrison era um verdadeiro ator e poeta no palco, além de possuir a voz de locutor de rádio que encanta quem o ouve.
O bootleg tem apenas 7 músicas, num show que teve 61 minutos de duração. O repertório é iniciado com Back Door Man, música do primeiro disco, cover de Willie Dixon, contando com uma levada cadenciada que mostrava todo a coordenação que a banda tinha à época. Como de rotina do grupo, os improvisos são executados em todas as músicas, soando totalmente inesperado os solos que mudavam a cada música improvisada.
Break On Through (To the Other Side) segue com o ao vivo. Um clássico absoluto do The Doors não poderia começar sem a famosa improvisação, com a bateria de John Densmore atrás. Ray Manzarek dá um show à parte, fazendo solos impressionantes e detonando com o seu piano. A explosiva When the Music's Over tem o início totalmente jazzístico e que transforma os 11 minutos em êxtase da parte do ouvinte, com suas mudanças de ritmos e subidas de tom.
Ship of Fools é um jazz/rock'n'roll com mais de 4 minutos de improvisação, desta vez destacando o guitarrista Robby Krieger, que faz um solo incrível. Roadhouse Blues é a possível música mais pesada do The Doors, sendo uma das mais conhecidas e idolatradas músicas do grupo.
Pra finalizar o show, dois dos maiores clássicos do grupo, Light My Fire, com seus quase 14 minutos de duração, mostra um Jim Morrison mais contido em relação à outras apresentações onde ele dá agudos estridentes nessa música. Solos é o que não faltam nessa faixa, contando com a guitarra flamenco de Krieger e o teclado que dá a base fazendo os graves do baixo e solando em cima.
The End acaba o show com o clima soturno, indo pro lado mais agressivo e subindo de velocidade mais pro final, criando uma catástrofe sonora. O show termina em grande clima, com um set list perfeito e totalmente bem executado.
http://www.mediafire.com/download.php?tnu2hdzwddm
http://www.mediafire.com/download.php?ygu0zqj4ktj
Texto por Leonardo Guaragni
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